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OCDE diz ser necessário flexibilizar o ensino profissional
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OCDE diz ser necessário flexibilizar o ensino profissional
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Há cada vez mais países a reconhecerem a importância do ensino profissional, pelo menos, ao nível da competitividade na economia, diz a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). Acabar o 12.º ano na via profissional, em vez de na geral, garante mais oportunidades de emprego. “Sobretudo quando os políticos conseguem alinhar as competências adquiridas pelos alunos nestes cursos com as exigidas pelo mercado de trabalho”, lê-se no último dossiê da OCDE sobre o ensino profissional.

A OCDE defende ainda que “a qualidade é crucial para combater a imagem negativa que o ensino profissional tem em muitos países. E para criar oportunidades para o prosseguimento de estudos”. A questão que muitos países colocam é como conseguir intervir nestas duas vertentes? Envolvendo os parceiros sociais no sistema de formação profissional, respondem os peritos da organização. Conseguindo, assim, reforçar a aprendizagem em contexto de trabalho, mas também tornar mais flexível o ensino para os adultos com compromissos profissionais e familiares.

50% dos alunos no secundário profissional
Em 2012, em mais de um terço dos países da OCDE, mais de 50% dos alunos do ensino secundário estavam no ensino profissional. Menos de 30% desses alunos frequentavam programas que combinam a aprendizagem na escola com a formação em contexto de trabalho. Por exemplo, através de estágios.  

Países com cursos de formação profissional de elevada qualidade estão a conseguir dar mais oportunidades de emprego aos jovens, nota a OCDE. No entanto, em muitos países a percentagem de jovens que não estão nem empregados nem em educação ou formação (NEET) é ainda maior para quem completa o secundário na via profissional, por comparação com os colegas da via geral.

Quando comparados com os alunos dos cursos gerais (científico-humanísticos), os colegas dos cursos profissionais têm menos propensão para acabar o 12.º ano. Também a probabilidade de prosseguir estudos é cinco vezes menor.

A OCDE sublinha o papel central que a educação e formação profissional pode desempenhar. Prepara os jovens para o trabalho. Desenvolve as competências dos adultos. E responde às necessidades da economia e do mercado de trabalho. Apesar de “ter sido negligenciada no passado e marginalizada nas discussões políticas, muitas vezes ofuscadas pela crescente ênfase na via geral”, lamenta a organização.

Ainda assim, acrescenta a OCDE, “recentemente, um número crescente de países está a reconhecer que a formação profissional de elevada qualidade tem um contributo importante a dar para a competitividade económica”.

Os números mostram esta dicotomia. Em média, 44% dos alunos do ensino secundário inscrevem-se em programas de formação profissional. Mas a importância que lhes é dada varia “amplamente” entre os países, refere o relatório: “Nuns desempenha um papel central na formação inicial dos jovens, ao passo que noutros sistemas educativos a maioria dos estudantes segue para o ensino geral”.

Mais de 50% dos estudantes do ensino secundário em mais de um terço dos 40 países e economias da OCDE estavam inscritos no profissional, em 2012. A percentagem era de pelo menos 70% na Áustria, Bélgica, República Checa, Finlândia, Países Baixos e República Eslovaca. Em Portugal, 40% dos alunos frequentavam cursos profissionais no secundário.

Alunos do geral concluem primeiro o secundário

Há mais alunos a não acabarem os três anos de curso na via profissional do que na geral. Em 2012, apenas 64% chegavam ao fim da formação dentro do prazo teoricamente permitido. O total de jovens que termina o curso profissional aumenta 15% dois anos após o prazo estipulado.

As taxas de conclusão para os cursos do ensino secundário geral estão 13 pontos percentuais acima das registadas nos cursos profissionais. Mas as diferenças variam: de mais de 40 pontos percentuais na Dinamarca para 5 pontos percentuais ou menos no Chile, Israel e Japão. Em alguns países, os cursos profissionais são flexíveis o suficiente para permitirem a quem abandona a formação retomar mais tarde. E este é um dos fatores determinantes quando se olha para a média de idade dos finalistas.

A média de idade com que os alunos recebem o diploma é de 22 anos no ensino profissional e 19 anos no geral. No entanto, na Bélgica, Brasil, Dinamarca, Finlândia, Islândia, Irlanda, Holanda e Noruega, a média de idade dos diplomados do ensino profissional é de 25 anos ou mais. E na Austrália chega aos 31 anos.

“Uma das razões para estas diferenças é que, em muitos sistemas de ensino, a formação profissional proporciona uma segunda chance ao permitir aos alunos reintegrar o ambiente de aprendizagem, desenvolvendo competências que, posteriormente, vão reforçar a sua empregabilidade”, explicam os peritos da OCDE. Não faltam exemplos de como os sistemas educativos o fazem.  

Na Austrália, cita o relatório, o ensino é flexível e capaz de satisfazer diversas necessidades em diferentes fases da vida das pessoas: estejam em início de carreira, à procura de novas competências que os possam ajudar no seu trabalho ou a recuperar o atraso em níveis de escolaridade.

Mas existe outra justificação para a diferença nas idades da graduação. “Os cursos de educação e formação profissional recebem, muitas vezes, alunos com maiores dificuldades que também se atrasaram na conclusão de níveis de escolaridade anteriores”, explica a OCDE.

Aprender em contexto de trabalho
Segundo a OCDE, “ter uma forte componente de aprendizagem em contexto de trabalho integrada nos cursos profissionais pode funcionar como uma garantia de excelência”.

Em alguns sistemas, o ensino em sala de aula é amplamente combinado com a formação em contexto de trabalho. É o designado por "sistema dual" de ensino. Muito disseminado na Áustria, República Checa, Dinamarca, Alemanha, Hungria, Países Baixos, República Eslovaca e Suíça.

O relatório sobre o ensino profissional debruça-se sobre as vantagens de aprender em contexto laboral: “Os alunos adquirem as competências que são valorizadas no local de trabalho.” Mais do que isso, garante a OCDE: “É também uma maneira de desenvolver parcerias público-privadas e permitir aos parceiros sociais e empregadores criar programas de ensino profissional, muitas vezes definindo currículos.”

A formação em contexto laboral integrada no ensino profissional “pode facilitar a transição entre a escola e o trabalho”, lê-se ainda, “no entanto, nos países da OCDE, menos de 30% dos alunos matriculados em cursos profissionais ao nível do secundário aprendem em contexto de trabalho”.

Prosseguir estudos
“Boas ligações entre diferentes modalidades de ensino oferecem aos estudantes melhores oportunidades para continuar a sua educação”, diz também a OCDE.

Alguns países têm feito “progressos substanciais na ligação entre o ensino profissional e outras áreas do sistema de ensino”. Ainda assim, menos de 15% dos jovens que se formam na via profissional no secundário continuam no ensino pós-secundário. Em alguns países porque conseguem emprego logo depois de acabarem o secundário.

No entanto, noutros contextos, isso deve-se ao facto de os estudantes do profissional enfrentarem dificuldades em prosseguir estudos. De modo geral, os alunos do profissional comparados com os matriculados em cursos gerais são menos propensos a conseguir o diploma. Recordem-se os números: em 2012, apenas 64% dos estudantes acabaram o curso nos três anos previstos; 79% acabarem dois anos após o prazo estipulado.

Outro aspeto a ter em conta, diz a OCDE, é que um aluno do ensino profissional secundário é quase cinco vezes menos propenso a continuar a estudar que um colega do secundário geral, com o mesmo nível de literacia.

Alguns países da OCDE têm feito esforços para diversificarem as modalidades ou vias do sistema educativo. Na Suíça, existem “diplomas duplos” que combinam uma qualificação profissional com uma qualificação para a entrada na universidade. Fica assim facilitado o acesso ao ensino superior. Na Alemanha, o acesso à universidade para os diplomados do profissional foi bastante reforçado em 2009. Além disso, é fortemente apoiado por campanhas governamentais.

Por último, nos Países Baixos, as diferentes vias de aprendizagem - incluindo programas de formação profissional - são estruturadas de tal forma que os jovens têm a possibilidade de progredirem dentro da via que escolheram e alcançarem o equivalente nível superior.

Qualidade pode reforçar empregabilidade
“A melhoria da qualidade do ensino profissional será crucial para combater a imagem negativa em muitos outros países e criar oportunidades para o prosseguimento de estudos”, alerta a OCDE. “Os alunos dos cursos profissionais têm competências cognitivas relativamente baixas”, lê-se no relatório, “em alguns países são 50% mais propensos a terem baixas competências matemáticas que os estudantes da via geral”.

A diferença de remunerações entre os diplomados do nível pós-secundário e do superior pode explicar, em parte, a preferência dos melhores alunos pelos percursos académicos. A desvantagem salarial é particularmente grande nos países onde a formação associada ao ensino profissional é de fraca qualidade e carece de monitorização.

Os estudos da OCDE comprovam a eficácia do ensino profissional de elevada qualidade para desenvolver competências entre jovens, que de outra forma não teriam qualificações para ingressar no mercado de trabalho. “O investimento na formação profissional secundário pode ser dispendioso, com custos de formadores e instalações, por isso, é importante que os alunos tenham boas oportunidades de emprego”, sublinha a OCDE. O gasto médio anual por aluno matriculado no ensino profissional secundário é significativamente maior do que por aluno matriculado no geral.

Em contrapartida, 78% dos jovens dos 25 aos 34 anos que fizerem um curso profissional no secundário ou têm formação pós-secundário não superior estão empregados, nos países da OCDE para os quais existem dados disponíveis. Uma taxa que é 11% mais elevada do que a registada entre os alunos com o ensino secundário geral. Além disso, conclui a OCDE, os países com sistemas de educação e formação profissional fortes têm sido relativamente bem-sucedidos em manter as taxas de emprego dos jovens estáveis no decurso da atual crise económica.

 

Fonte: Educare.pt

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